quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Conto Zen

   Dois monges, renunciados ao sexo, estavam subindo uma montanha em direção ao mosteiro quando, um deles, percebe uma mulher em desespero em um rio se afogando. Ele se jogou na agua e retirou a mulher já desmaiada e com as vestes rasgadas pela luta contra a correnteza. Fez respiração boca-a-boca e conseguiu ressuscitar aquele pobre criatura em sofrimento.
     O outro que a tudo assistia ficou boquiaberto: - “Como você fez isso? Tocar em uma mulher seminua! Você colocou sua boca na dela! Você quebrou nossos votos!” – Falava a todo instante – “Quando chegar ao mosteiro eu contarei o fato para nosso líder. Você cometeu um ato abominável!” Aquele tom prosseguiu por toda a subida da montanha até quando chegaram às portas do mosteiro o monge nervoso falou mais uma vez: “-Um absurdo o que você fez: tocou as partes íntimas daquela mulher quebrando nosso voto de fé e sacrifício. Vou contar para nosso líder agora!”
     O outro, que havia salvado a mulher completou: - “Diga também por quanto tempo a mulher ficou em meus braços e há quanto tempo ela está dentro da sua cabeça.”

     Na última vez que fui para psicóloga ela me falou deste conto, não esqueci porque naquele momento era isso que eu precisa ouvir, compreender e tentar seguir. Assim como diz um outro conto que não importa o que seja, se for um problema terá de ser eliminado, este me abriu os olhos para um problema pessoal, desculpa se eu não consigo ver positividade, mas você teve razão quando me falou que não adianta estar longe com algo na cabeça

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