sábado, 9 de novembro de 2013

Admita!

     Tudo talvez (um talvez pra quem diz gostar de jornalismo não vale) seja questão de admitir, admitir os erros, os medos, as falhas. Principalmente as falhas, as próprias, porque no fim das contas só as nossas contam, então julgar e apontar os defeitos dos outros perde o sentido para mim. A santidade não é meu forte, segundo a bíblia eu iria para o inferno por diversas coisas, aposto que sem parada no purgatório, mas acredito que quando morremos e vamos ser finalmente enterrados, para alívio de muitos, estamos sete palmos mais próximo do inferno, é irônico. Talvez (sim, outra vez) eu vá para outros lugares ruins de outras religiões ou apenas durma e fique inconsciente. Preciso disso até.
     Não que a fuga seja a solução para as coisas, mas ouvi dizer que só os fracos desistem das coisas legais, bem, até os 15 anos eu sabia que era a segunda melhor da sala em redação, hoje sou quase um lixo tóxico. Não que eu seja às vezes me sinto e ok, sentir tristeza é normal, é um sentimento como outro qualquer, aprendi a conviver com isso. Você aprenderá a conviver com o seu inimigo, ou aquele que se acha neutro quanto a você, o que acho um pouco hipócrita, mas não sei ao certo se é de verdade, acredito que seja o ponto de vista.
     Você acordar e escuta tiros, não os de um revólver, mas imaginários. Abri os olhos e ver as telhas que são alaranjadas (?) mas com o sol ficam meio que amarelas, é instantâneo a ação de olhar a hora e perceber que são 9h45 de uma manhã infernal e mais uma vez te deixaram mão. Não deveria achar ruim, você é culpado por seu descontrole e só se pergunta quando chegará a segunda-feira pra poder respirar aliviado. Isso é necessário? É sim! O estômago fica se revirando, não comer várias vezes ao dia está te matando seu infeliz, seu cretino, seu idiota. Veja bem, é um elogio tosco, mas pode superar, é questão apenas de saber que tem alguém ao menos pra te fazer sentir algo, mesmo que seja ruim, volto a dizer, já há um costume, é um elogio.
     Em Wonderwall diz que todas as estradas que conduzem até você eram sinuosas e todas as luzes que iluminam o caminho estão cegando, e estão, de ódio. Não de alguém em especifico, para isso há vários fatores que deveríamos levar em consideração, acredito nisso pelo menos. Porque por mais que tente te ajudar nunca vão saber de fato o que você estará pensando quando acorda e olha fixamente as telhas, ou quando fica calada e se perde dos próprios pensamentos e tudo que quer é alguém que entenda que aquele momento é seu, mesmo estando compartilhando é seu, é seu silêncio.
     Porque no fim de tudo não é mais preciso fingir, pra que? Não adiantam mais, as veias do coração estão todas entupidas, e ele já não tem força de bombear o sangue para o resto do corpo  e isso vai te matar, talvez rápido ou não, esse é o final. Você irá vê-los do teu lado, mas é mesmo que nada, não? Quantas vezes disse que se sentia sozinho mesmo estando com mil pessoas ao teu lado? Quantas vezes te apontaram o dedo sem saber o que você, SIM, você sentia na verdade? E as batidas na porta, e as chaves perdidas, e o carro abandonado na estrada e tudo que poderia ser evitado? Pra quê?

    Veja bem, olhe para lado e me diga de uma vez quem está aí, e se é um morto ou um vivo. Não adianta, aqueles que no começo eram legais agora já não são mais, e talvez a culpa não seja sua, talvez seja você que não merece ou não é da mesma vibe, e em todo caso você não terá aquilo que sempre sonhou chorar é melhor que comer, tá triste? Então vai em frente, eu aprendi e estou repetindo isso para mim a cada minuto, a cada piada, e, cada lágrima no banheiro da escola ou na madrugada em casa. Esse horário nos mata, me mata e a lembrança é a pior parte, pegue seu tumor e esterilize uma faca e faça o que tiver de fazer, da forma que quiser. É seu momento. 




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