sexta-feira, 29 de junho de 2012

CABEÇA DOS DEZENOVE


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     Andei meio sem vontade de escrever nesses dias e nem sei ao certo o motivo... Hoje acordei no meio da madrugada e fiquei pensando nas escolhas que temos que fazer durante nossa vida, me questiono quais seriam as mais sensatas a tomar e não tomei, as que deixei passar e que não deveria ter deixado e concluí que muitas e talvez as mais importantes da minha vida eu desperdicei.
    Quando tinha quatorze anos me propus a tomar uma posição que influenciou toda a minha adolescência e até hoje influencia bastante – dezenove anos para mim não é mais adolescência – às vezes bate o arrependimento por imaginar que poderia ter sido diferente e não ter criado tantos conflitos entre os meus. Mas ao mesmo tempo foram essas mesmas escolhas que fizeram a diferença e me fez enxergar o real peso das minhas decisões para com as pessoas.  Alguns irão entender sua posição e outros irão repudiar com unhas e dentes, as criticas dos de casa e dos de fora sempre vão existir e é algo inevitável.
     Em todo caso, todos nós temos grandes decisões a tomar, desde a roupa que iremos vestir até a escolha da profissão que nos acompanhará pelo resto da vida. E não é algo simples já que assumimos responsabilidades e adquirimos direitos e deveres não só com nós mesmos, mas com o próximo. Interessante? Muito! Quando completei dezoito anos tinha muito medo do que viria pela frente, afinal a maior idade era sinal que deveríamos já possuir uma mente madura e aberta – mas na realidade nossa mente só estará realmente madura aos vinte e um – e isso não significa que podemos sair pelo meio do mundo se achando um adolescente assim como esses garotos que se arriscam como se fossem homens.
     Hoje o que posso fazer é agradecer a psicóloga que tanto me suportou e ajudou, e claro, ri das situações. Por varias vezes fui reclamar com ela sobre o comportamento de certas pessoas comigo, perdi as contas das vezes que fui falar dos problemas que na realidade era apenas uma fase de adolescência e eu achava que era o fim do mundo e hoje sinto é falta daquele tempo e hoje o rumo de nossas conversas tomaram outro rumo. Hoje eu sei ou acredito que saiba o que são verdadeiros problemas e dificuldades. Talvez eu não devesse ter brigado tanto, exigido tanto e por mais desagradável que as coisas tenham se tornado, fiz o que acreditava e acredito ser o correto.

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